domingo, 1 de julho de 2018

Diário de um pé quebrado...

Eu nem imagina que havia quebrado meu pé, fui na emergência por desencargo de consciência, achava que fosse só uma torção. Mas a radiografia mostrou a fratura no meu pezinho....😭😭😭 Pra ser exata, quebrei o 5° metatarso, a princípio me internei pois o médico do primeiro atendimento tinha optado por cirurgia, imaginem como fiquei. Pois não pulei, não escorreguei, não caí, foi um simples descer de um banco baixíssimo, que pra ser sincera, nem eu mesma sei como foi. Mas na troca de plantão, chegou um ortopedista especialista em pé e junto com o outro médico decidiram que eu não precisaria da cirurgia, ufa, fiquei feliz demais. Não sabendo eu, que os dias a seguir não me deixariam tão felizinha assim não. Uma tala de gesso por 15 dias no primeiro momento. Sem poder colocar o pé no chão pra nada, e isso significa, andar de muletas por recomendação do médico. E por achar que tudo seria as mil maravilhas não providenciei as benditas muletas, peguei uma bengala emprestada da minha mãe. E aí o que aconteceu nesses 15 dias, o outro pé doía mais que o quebrado. Acabei tomando um puxão de orelha do médico na minha primeira volta após os 15 dias. Pois bem, tirei a tala, o bom de tirar a tala é de que eu poderia aposentar o saco de lixo que usei para não molhar na hora do banho, e consequentemente coloquei a tal da bota, e junto com ela minhas amigas muletas. Mas o dia a dia é bem punk, por mais que você se distraía, eles passam lentamente. E aquilo que vc fazia de olhos fechados, se tornam uma maratona. O simples tomar banho se torna um evento, com uma preparação antes, durante e depois. Além da bota, e as muletas, tive um outro companheiro, um banquinho. Apoiava a perna nele ao tomar banho, fazer comida e outras coisinhas que dona de casa não consegue e nem pode deixar pra depois, se não temos ninguém que os façam por nós. E acreditem nos primeiros 20 dias realmente fiquei sem saber como fazer as coisas, mas o Senhor nos capacita, nos mostrando como podemos fazer as nossas coisas, claro que o que fazíamos com um certo tempo, nessa fase você gastará o triplo de tempo, fora o cansaço e as paradas pra poder descansar e colocar o bendito pé pra cima. Pois ele incha e incha muito, e esse inchaço incomoda pra caramba. Fora o dormir de bota, pois nem dormir sem ela eu podia. E quem sofreu com isso foi o marido, com alguns chutes na canela...rsss. Depois de 64 dias (01/06/18), hoje vou poder começar colocar o pé no chão. Uma semana usando as 2 muletas ainda. Na próxima somente uma, e depois somente com a bota. Sim, estou aprendendo a andar de novo, e é difícil e bem doloroso passar por esses processos, mas muito gratificante ver minha evolução. Hoje (15/06/18) com 79 dias estou podendo andar com tênis de solado rígido, a dor ainda é Grande, mas as passadas estão melhorando. Daqui a exatos 14 dias (29/06/18), volto ao médio e devo estar liberada pra poder fazer fisioterapia, mais uma etapa para concluir nessa minha história com 93 dias de um pé quebrado.